segunda-feira, 2 de março de 2015

Poetinha

Para hoje temos paixão. Para hoje temos Vinícius de Moraes.
Carioca graduado pela faculdade de direito da rua do Catete e pela Universidade de Oxford, onde estudou língua e literatura inglesas. Entrou para o Itamaraty e assumiu posto diplomático como vice-cônsul em Los Angeles.  Diplomata, dramaturgo, jornalista, compositor, mas, acima de tudo, um legítimo poeta. Nosso querido e grandioso poetinha. Dono de uma poesia malandra com um quê de boemia, porém insofismavelmente romântica e apaixonada. Vinícius foi amante e foi/é amado. Um perfeito sonetista.  Não foi imortal, mas se fez infinito em dom. Vinícius: um ser que a vida não explica.

  Ajudou a conceber um dos patrimônios brasileiros: a bossa nova. Consagrou-se como um dos melhores letristas brasileiros. Suas letras parecem dançar com a melodia. Suas músicas passeiam pelas ruas da cidade maravilhosa. Fez parcerias épicas e o resultado foi talento concentrado que gerou lindas canções cheias de graça.




   Manuel Bandeira foi sábio e completo ao dizer que Vinícius de Moraes tem o fôlego dos românticos, a espiritualidade dos simbolistas, a perícia dos parnasianos (sem refugar, como estes, as sutilezas barrocas) e, finalmente, homem bem do seu tempo, a liberdade dos modernos.     Portanto, Vininha, velho, saravá.



0 comentários:

Postar um comentário