Impeachment? Austeridade? Militarismo?

Existem coisas que precisam ser ignoradas e extirpadas das mentes humanas. Absurdos imensuráveis que, os ditos formadores de opinião , semeiam na internet e são compartilhadas nas redes sociais, o que gera a adesão de milhares de pessoas desinformadas e influenciadas por argumentos insustentáveis e, talvez, inescrupulosos.

A revolta do momento é com a presidente Dilma, com direito a pedido de impeachment ou retorno do governo militar. GO-VER-NO MI-LI-TAR. Atentos ao absurdo que está sendo pedido. A "população" quer a volta da ditadura militar, tudo isso motivado pelas dificuldades financeiras que o Brasil está passando. Peguem um bom livro de história, por favor, vão estudar. O Brasil tem muito mais a perder do que a ganhar com o retorno do governo militar.

Pedir ditadura é burrice. Impeachment é uma burrice maior ainda, é uma atitude antidemocrática, a maioria optou pela manutenção dos poderes da governante atual. Os problemas econômicos externos motivam e agravam os problemas internos, Dilma, Aécio ou qualquer outro não resolveria as questões internas rapidamente. Basicamente, os nossos problemas econômicos são por causa rombos bilionários graças às várias benesses concedidas, como a desoneração da folha salarial de alguns setores da economia,  aos empresários brasileiros pelos governantes, sempre buscando aliados importantes para financiamento de suas campanhas eleitorais, Previdência Social, desvios e por aí vai. A austeridade atual é necessária para evitar problemas ainda maiores, como o pedido de empréstimos junto ao FMI ou Banco Mundial, por exemplo. Coloquem na mesma conta o barril do petróleo a "preço de banana", as recuperações de economias importantes, como a dos Estados Unidos, e o fato do Brasil ser um país agroexportador com problemas climáticos. Ah! A austeridade contribui para o aumento do dólar também, pois o governo compra menos ou para de comprar a moeda estrangeira para manter um preço estável mais baixo.

E como tudo que está ruim pode piorar a corrupção brasileira desestimula as empresas a investirem no Brasil, isso também contribui para o aumento do dólar. É tanta corrupção que chegou no orgulho nacional, a Petrobras. A "Lava-Jato" está desmantelando um grande esquema de corrupção dentro da estatal, que era vista no cenário internacional como uma empresa bem administrada e rentável. E, até onde eu sei, ela está instalada, de modo mais escancarado, no nosso sistema político desde que o Excelentíssimo Eu Tenho 12 Títulos "Doutor Honoris Causa" (2 deles (Oxford e University of London) outorgados pela Rainha Elizabeth II) estava no poder, com as privatizações que ele promoveu. A investigação é feita, muito bem feita, mas como político é deus ninguém é preso. E ainda tem imunidade se estiver exercendo algum cargo público.

Essa polêmica toda que foi criada ainda toca em outro ponto bastante sensível da política nacional. Como todos sabem a tão sonhada Reforma Política está tramitando lentamente. Os congressistas e senadores brasileiros não colocam essa questão em discussão por causa dos interesses pessoais. Talvez nem a tão sonhada reforma política dê jeito, em curto prazo. Talvez ela nos traga políticos com mais integridade e promova apenas um "fair play" financeiro nas campanhas e coloque os candidatos para buscar, debater e apresentar propostas claras para o bem comum, evitando que eles ganhem as eleições nas campanhas publicitárias. Só que essa Reforma contribuirá para o fortalecimento de partidos como o PT, PMDB e PSBD. Bem, população votante. A solução é simples, não depende de político nenhum. Toda e qualquer mudança começa de baixo, a História prova isso.  

Nós sustentamos há anos essa corrupção. Permitimos que os políticos, nas três esferas do Executivo, deturpem o conceito de programas de políticas sociais e promovam uma grande fidelização do voto da massa brasileira através de "Bolsa Família", por exemplo. É uma necessidade real esperar pela Reforma Política? Tudo indica que não. 

Quem precisa fazer a real reforma é a população, escolhendo políticos íntegros para ocuparem os cargos e que não se corrompam com o poder. Isso deveria nos incomodar, só que como estamos no Brasil e só passa a incomodar quando "dói no bolso".

Enfim, saia do Facebook, compre um bom livro de história e vá estudar. Pelo bem dos seus filhos, netos e bisnetos. De direita ou esquerda, não interessa. Ditadura? De novo não. Nem impeachment. A austeridade é passageira, a corrupção não.