Teatro

O teatro pulsa e te proporciona impressões incomparáveis. Ver tudo aquilo acontecer na sua frente excita, te leva para perto. Cinema é bom, mas o teatro é encantador por causa da verdade que ele trás, a emoção que te proporciona.

Eu quero ver o Oco!

"Antes de mais nada, hoje é o dia mais apaixonado do ano, o amor está no ar, casais apaixonados lotam restaurantes, bares, cinemas, teatros, parques, motéis ... Tudo que eles possam fazer um programa legal e ficar juntos. Então, feliz dia dos namorados. por quatro fotojornalistas: João Silva, Kevin Carter, Greg Marinovich e Ken Osterborek.

The finals

Ávidos leitores, juro que daria apenas os parabéns ao vencedor da pós-temporada em alguma postagem que poderia escrever após o campeão ser anunciado, mas tudo muda muito rápido e estou aqui, no meio da série, para falar disso.

Barça Barça

Barcelona é campeão mais uma vez da Champions League. VISCA BARÇA BARÇA!

Divergente

Era uma vez um planeta saturado de guerras e doenças. Era. A humanidade encontrou uma digressão, ou melhor, uma possível solução para o caos do mundo. Assim surge a sociedade alternativa e futurista criada por Verônica Roth.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

And the Oscar 2016 goes to ...

Na noite do último domingo(28) a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood entregou a premiação mais desejada do cinema mundial para seus escolhidos nessa temporada, muito boa, de filmes no ano de 2015.
Cercada de muita expectativa, a noite de gala viria a coroar Mad Max: Estrada da Fúria, como grande vencedor da premiação com 6 estatuetas e entregar à Leonardo DiCaprio o reconhecimento, ou errata, por não tê-lo dado o prêmio anteriormente.
Apesar de ter feito uma personagem muito difícil em O Regresso, o ator foi superado por Eddie Redmayne com sua dupla interpretação em A Garota Dinamarquesa, filme no qual interpreta um personagem transexual e faz sua transformação durante o desenrolar da história, além de ter o Michael Fassbender na pele de um Steve Jobs muito bem construído e interpretado, o ator estava irreconhecível na pele do falecido CEO da Apple.
De certa forma, pode-se afirmar que a Academia cedeu a uma relativa pressão popular para dar o Oscar ao DiCaprio. Na avaliação dos filmes indicados ao prêmio de Melhor Filme, DiCaprio não possuía tal favoritismo apresentado durante o período que antecedeu a premiação.
Sinceramente, é bastante difícil entender a avaliação dos membros votantes da Academia. Três filmes eram os favoritos em minha opinião, são eles: A Grande Aposta, A Garota Dinamarquesa e O Quarto de Jack.
O motivo nem é tão variado assim. Trata-se apenas de uma questão de roteiro e do enredo que os filmes se propuseram a levar para as telonas. É notória a variação temática entre os três filmes supracitados, A Grande Aposta leva o espectador para o centro da discussão sobre a crise de 2008 nos EUA, já A Garota Dinamarquesa traz um debate bastante contemporâneo sobre a identidade de gênero, enquanto O Quarto de Jack apresenta o sofrimento de uma mulher constantemente violada para atender aos desejos de seu sequestrador.
Nenhum dos três levou, porém não houve injustiça com a escolha do melhor filme tendo como filtro, os parâmetros apresentados anteriormente. Spotlight - Segredos Revelados introduz o espectador em outro debate bastante importante: os crimes cometidos por padres da Igreja Católica.
Ou seja, diferente da edição 2015, a Academia não cometeu o erro de dar a maior premiação do cinema mundial a um filme com enredo fraco em detrimento de outro que vai narrar uma das mais importantes lutas por direitos civis dos EUA, a luta de Martin Luther King Jr. em Selma.
O único representante brasileiro na edição de 2016 do evento, a animação Menino e o Mundo não conseguiu superar o blockbuster Divertida Mente. Do ponto de vista musical, Sam Smith ganhou com "Writting's On The Wall" o Osca de Melhor Canção Original. Essa era a última grande premiação que faltava na estante do britânico.
Alejandro Iñarritu levou pelo segundo ano consecutivo o Oscar de Melhor Diretor e igual a um monstro sagrado do cinema, o Francis Copolla, e escreve seu nome como um dos melhores diretores de sua geração.
Porém, nem tudo soou agradável na noite. Chris Rock extrapolou o nível aceitável de piadas com a ausência de negros entre os indicados os Oscar e o boicote proposto por grandiosos artistas negros, dentro os quais constam Will Smith.
Além disso, a Academia buscou um jeito muito infame para contornar a ausência de negros ente os indicados. Nessa edição, certamente, houve a maior quantidade de negros entregando os prêmios para os artistas - brancos. A alternativa buscada só veio para confirmar o modelo de submissão social que os negros sofrem para os brancos, modelo no qual os brancos são reconhecidos, valorizados, divulgados, enquanto os negros precisam se confortar com a ausência de holofotes, mesmo realizando trabalhos melhores, em alguns casos.
A temporada 2016 será marcada por muitos heróis no cinema. Seria a Academia capaz de conceder o prêmio de Melhor Filme para Batman vc Superman: A Origem da Justiça ou então para Capitão América: Guerra Civil? Essa é uma pergunta que ficará sem resposta até fevereiro de 2017. Até lá, aproveitem bastante o cinema!


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

O rei da zoeira - Deadpool

Se você estiver muito interessado em se divertir horrores dentro de uma sala de cinema, amigos, Deadpool é o filme para isso. Precisa pensar nem duas vezes na hora de escolher o filme para assistir com a(o) namorada(o) ou com os amigos.
Após descobrir um câncer em estágio final no pulmão e com metástase nos órgãos vitais da cavidade abdominal, o ex-militar e - atual - mercenário Wade Wilson recebe uma proposta misteriosa que pode mudar sua vida para melhor, curando-o do câncer e tornando-o um super-humano, uma experiência semelhante ao que o capitão Steve Rodgers se submeteu para virar  o Capitão América.
A experiência científica, porém, acaba por dar errado porque destrói tudo que ele mais valoriza: sua imagem e seu relacionamento. E o enredo do filme é desenvolvido sobre esse acontecimento, uma vez que o personagem de Ryan Reynolds vai em busca do seu carrasco, o homem que destruiu sua vida amorosa.
É um herói que ignora completamente o rótulo de herói e por motivos muito bem esmiuçados no filme, uma atitude que é passível de críticas, até. Enfim, ele se mostra um "justiceiro" - bem entre aspas, muito mesmo - que tem o interesse apenas em vingar o que aconteceu com ele.
Por isso que ele vive recusando o convite de se juntar aos X-men, é desinteressado com a causa dos outros e do mundo de uma forma geral. É egoísta e busca solucionar apenas seus problemas e fazer os serviços - sujos - para os quais ele é contratado.
A direção do filme lembra o estilo de Zack "slow motion" Snyder por suas inúmeras cenas de ação em slow. Porém, Tim Miller, diretor do filme, trouxe sua personalidade para película e apresentou um bom trabalho.
O veredito do Deadpool dado pelo pessoal do site Omelete critica a cena do filme que se passa na casa da velha cega que divide sua casa com o herói, realmente não faz muito sentido essa passagem, porém é um alívio cômico interessantíssimo para o momento do filme.
Aliás, as piadas são ótimas. Os roteiristas além de apresentarem um enredo bastante interessante, escreveram ótimas tiradas que provocam gargalhada geral no cinema, mesmo em cenas mais pesadas do filme.
O maior problema do filme, talvez, seja o excesso de flashback. Quando o espectador acha que o clímax da tomada está chegando, há o corte para uma lembrança, para narrar um fato passado na vida de Wade, isso incomoda e pode gerar relativa confusão entre os espectadores mais distraídos.
Tirando esse pequeno problema, não pensem duas vezes e assistam. O filme vem quebrando todas as barreiras e já é a maior bilheteria de estreia para um filme no mês de Fevereiro.
E, agora, um pequeno aviso aos pais: NÃO LEVEM SEUS FILHOS. O filme é divertido, sim, bastante, porém o tipo de humor apresentado nas telonas não é aquele recomendado para as crianças, principalmente pelo palavreado, sem contar nas cenas de ação que apresentam corpos sendo multilados. Então, não é um ambiente legal para crianças, respeitem a classificação indicativa do filme.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Beyoncé assumiu a causa negra?

Já se passou uma semana desde a apresentação do show do intervalo do quinquagésimo Superbowl, mas a apresentação da Queen Bey e sua nova música "Formation" continuam repercutindo entre os meios conservadores estadunidenses.
Não só o forte teor político e crítico contido na letra da música chamaram a atenção e caíram como uma bomba nos círculos sociais dos americanos, mas o figurino da própria artista e de suas bailarinas contribuíram para engrossar a crítica que a apresentação se propôs a realizar, também.
Para quem não sabe, Bey e suas bailarinas estavam vestidas em referência ao grupo paramilitar - alguns consideram revolucionário - dos Panteras Negras que tinham como base a busca pela proteção da população negra norte-americana contra a violência trivial das forças policiais - em sua maioria brancos - num momento em que os negros lutavam pelos direitos civis e o fim de uma política de segregação que dividia o Estado entre negros e brancos.
Além disso, essa manifestação ocorre num momento em que os cidadãos negros voltaram a ser assassinados aleatoriamente por policiais no país. Vamos relembrar o caso de Ferguson, o menino que foi assassinado por um policial no meio de um parque ou outro que estava desarmado, acuado e sendo acusado em vão por militares e foi assassinado a sangue frio no meio da calçada frente aos olhos de inúmeras testemunhas.
O show do Superbowl foi a primeira vez que a Beyoncé levantou efetivamente a bandeira da causa negra. É sabido que o meio artístico é recheado de preconceitos por parte dos contratantes, fato que acaba suprimindo a liberdade de expressão de alguns artistas em defender inúmeras causas sociais.
A expectativa é de que outros músicos, atores, enfim, artistas, comecem a levantar bandeiras com as causas que os comovem. E que essas causas não sejam tão brandas como as do meio ambiente e proteção animal' - não desmerecendo essas causa, óbvio - mas aquelas que oferecem reflexos políticos mais importantes para algumas minorias que se sentem representadas por eles.
Não adianta uma Demi Lovato, Lady Gaga e a própria Beyoncé, por exemplo, levantarem a bandeira da causa gay, sendo heterosexuais, se os próprios artistas gays permanecem no armário quanto seu envolvimento com a causa para não perderem mercado. É por isso que cada dia mais esperamos ver músicos com o Adam Lambert se envolvendo nessa causa.


Sim, a Beyoncé assumiu a causa abertamente num ato político e assistido por 111 milhões de pessoas, uma vez que, de modo velado, ela já estava envolvida no movimento desde que declarou seu apoio à campanha presidencial do democrata Barack Obama para presidente dos EUA.
E "Formation" veio para se tornar um hino à exaltação da identidade negra, com versos que reverenciam suas origens e características físicas, além de se tornar uma crítica à violência dos policiais americanos contra a população negra.