segunda-feira, 17 de março de 2014

O diário de Anne Frank

O diário de Anne Frank é um dos livros mais lidos do mundo. Atravessou gerações fornecendo conhecimento histórico aliado a envolventes relatos de uma adolescente que viveu os difíceis tempos da Segunda Guerra Mundial. Através desse livro, vamos além do conhecimento histórico superficial e submergimos na vida de pessoas que sentiram a guerra de fato.
No caso da história em questão as pessoas eram oito judeus que tentaram sobreviver aos horrores do nazismo escondidos no local que Anne chama de Anexo.Pessoas completamente diferentes, mas que partilhavam os mesmos medos, suprimentos disponíveis e vontade de sobreviver. Entre eles, destacam-se: a nossa querida escritora e protagonista, Anne Frank; seu pai, Otto Frank, por quem Anne nutria profunda admiração e amor, sendo ele o único sobrevivente e responsável pela publicação do livro; sua mãe, com quem Anne vivia um relacionamento conflituoso; e Peter, um jovem que despertou os sentimentos da nossa querida protagonista.
É evidente que essa convivência "forçada" gerou conflitos, situações de pavor e outras incrivelmente cômicas e repletas de esperanças. Anne compartilha todos esses momentos e sentimentos com os leitores, elevando-nos à condição de confidentes, tornando-nos a privilegiada "Querida Kitty". Ela nos confidencia seus segredos, medos, sonhos e paixões e revela como é ser uma adolescente, uma garota até certo ponto normal, no período mais triste da história da humanidade.
Vale lembrar que toda história estava submetida a fatores políticos e crueldade humana, ou desumana no caso, por isso o princípio, desenrolar e desfecho independiam dos desejos da nossa querida escritora. Se assim fossem, certamente, a história teria sido bem diferente. Portanto, não espere por um final feliz. É notável que a guerra a amadureceu e é lamentável o fato de que esta também a matou e nos impediu de admirar mais obras de seu inquestionável talento. A guerra reduziu seu legado, que certamente seria rico e promissor.
Anne Frank iniciou seus escritos aos 13 anos, em 1942 e os finalizou aos 16 anos, em 1o de agosto de 1944, três dias antes de ser descoberta e capturada juntamente com todos os outros judeus do anexo. Ela faleceu em um campo de concentração em fevereiro de 1945. Sua história não obteve o fim almejado e soma-se às muitas outras histórias de vidas e sonhos destruídos pela Segunda Guerra. Mas Anne nos deixou seu diário, um presente de precioso valor histórico e literário.

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