quarta-feira, 8 de abril de 2015

É tempo de (des)construir

A postagem de hoje é para desconstruir. Desconstruir pensamentos que foram convencionados em nós ao longo do tempo com a intenção de buscarmos uma resolução melhor para as nossas questões em várias esferas e campos.
As informações as quais estamos mergulhados hoje precisam ser utilizadas a fim de evitar a formação de pré-conceitos. Além disso, precisamos realmente mergulhar na busca pelas informações para criarmos um conceito bem fundamentado. A ideia de desconstruir veio através de um filme infantil que assisti no último final de semana. A filme, da Disney, é Malévola.
Para quem não sabe, a Malévola é a "bruxa" da Bela Adormecida, chamada Aurora. Ela é a responsável por praguejar a menina quando ela ainda era uma bebezinha. Em pleno batizado da princesa, ela enunciou a sua maldição à pequena.
Viram como ela é do mal? Então, vamos, a partir de agora, começar a desconstruir esse maldade da Malévola e o ódio que a levou a tomar essa atitude impensada, diria que beira ao passional e vocês entenderão porque falo de passionalidade.
O reino que a Malévola pertencia sempre foi tido como o "reino do mal" pelo rei humano da história. Ela era uma jovenzinha pura, amável e preocupada com a preservação de seu reino. Nesse momento, ela conhece o jovem humano Estefan e sente aquele algo a mais por ele, só que acaba sendo abandonada por aquele que ela ama.
Muitos anos se passam e o rei humano tenta invadir, com suas tropas, o mundo mágico de Malévola, que é a grande guardiã de seu povo, e a fada fere gravemente o rei que jura vingança, mas ele já não podia mais fazer isso com suas próprias mãos.
E quem ressurge na história? Isso mesmo: Estefan. Sedento por poder e querendo tornar-se rei, aceita o desafio para matar Malévola. Então ele desperta um sentimento antigo na fada, chega a seda-lá, mas não a mata por falta de coragem. Sendo assim, arranca-lhe apenas as asas e leva-as para o rei como prova de sua suposta morte e assim torna-se o novo governante.
Traída, acaba jurando vingança. E, quando sabe que o rei batizaria sua filha, encontra o melhor momento para sua vingança. Assim a faz. Amaldiçoa a garota, que vai viver com outras fadas no mesmo ecossistema da "bruxa", que tinha um coração duro como rocha.
Ela acaba se apaixonando pela garota, com um amor materno. Protegia-a sempre que possível. Dava tudo que fosse ao seu alcance para a menina. Só que havia uma maldição e  não poderia cancelar seu feitiço. Ela tentou, porém só o beijo do amor verdadeiro anularia sua maldição.
A profecia se cumpre assim que a garota completa 16 anos. Aurora cai em coma. Era hora do beijo do amor verdadeiro. Um príncipe acaba beijando-a sem êxito. Desesperada, a "bruxa", beija a testa de sua "praguinha", que desperta de seu sono profundo. A Aurora também a amava. Então esse era o beijo do amor verdadeiro.
Enfim, contei essa história gigantesca para chegar na moral dela. É uma moral um tanto filosófica, mas se encaixa muito bem na sociedade que estamos vivendo. Uma sociedade que está sempre na superficialidade e deixando completamente de lado a profundidade.
Todos tinham a Malévola como bruxa, mesmo quando era uma menina boa. A traição levou-a para sua pior fase, o ódio tomou conta do seu ser e suas atitudes condiziam com seu estado. Posteriormente, ela mostrou uma bondade pura, que remetia a de sua infância, uma felicidade extrema e um coração quebrantado.
O que quero dizer que nossos discursos não estão profundos o suficiente. A superficialidade e os pré-conceitos evitam que possamos fomentar um debate e conhecer melhor aquele com que estamos lidando.
Essa prática de buscar a raiz do "problema" não tem que ser utilizada apenas em questões interpessoais. Outros campos precisam ser agraciados com a nossa saída do comodismo e a busca por uma informação refinada. Garanto que se fizéssemos isso teríamos melhores políticos, por exemplo, teríamos uma democracia mais próxima dos conceitos apresentados na escola e seríamos cidadãos muito melhores.


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