segunda-feira, 29 de junho de 2015

Toda forma de amor

No final de semana muito se falou da decisão que a Suprema Corte estadunidense tomou em relação à causa  LGBT que acabou legitimando o casamento homoafetivo em todo território daquele Estado.
Tido como a "maior" democracia do mundo os Estados Unidos dão um passo fenomenal para perder as aspas colocadas na palavra maior. Eles começam a não ser apenas a maior democracia econômica do mundo, a liberdade, tão valorizada nesse sistema político, é algo mais sensível agora.
Os sufocantes laços conservadores do Estado, que sufocavam a parcela LGBT da população, romperam-se e a liberdade de gênero começa a trilhar um caminho bastante sólido para ser reconhecido. Uma grande vitória democrática frente a uma história republicana conservadora.
Apesar da união homoafetiva no Brasil ser reconhecida desde 2011, ainda vivemos numa sociedade que discrimina àqueles que optam por manter relações com pessoas do mesmo gênero.
Sim, eles optam. "A existência precede a essência", diria Sartre, você não é nenhum aparelho eletrônico que sai de fábrica pré-programado para seguir as vontades daquele que te fez. É lícito criar o seu "eu", sendo baseado ou não naquilo que te imputaram.
O homossexualismo não é uma doença como propõe a jihad brasileira(termo criado pelo PC Siqueira do "maspoxavida"), é com isso que  a bancada evangélica no Congresso se parece, essa agenda pautada em discursar as vontades divinas e ser encaminhado ao poder através dela assemelha-se muito com tempos sombrios da história mundial.
A esperança é de que essa onda conservadora perca a força e se torne uma "marolinha", caso aconteça o inverso ... tempos de insanidade virão e se o Bolsonaro for o chefe disso será pior ainda.
Além disso, há um preconceito velado contra aqueles que simpatizam ou apoiam o movimento pelo simples fato de compreender que o ser humano é livre para realizar suas escolhas e fazer o que bem entende com elas. Essas pessoas são tão mal vistas quanto os que se declaram homossexuais.
A decisão da Corte estadunidense chega para fomentar, e muito, o debate acerca das questões de gênero. Esse debate será cada vez mais importante e precisa ser levado para fora dos meios acadêmicos. O maior veículo divulgador da aversão gay, a religião, atinge milhões de pessoas, enquanto as Academias consegue atingir pouco mais que alguns milhares no Brasil.
A democracia é liberdade. Liberdade de agir, pensar, eleger, argumentar, expressas, de n coisas. Democracia também é liberdade de escolher com quem se relacionar e não sofrer com represálias da sociedade. Não precisamos de uma cisão, o que falta e que foi conquistado é uma união.

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