segunda-feira, 15 de junho de 2015

Portátil

O teatro pulsa e te proporciona impressões incomparáveis. Ver tudo aquilo acontecer na sua frente excita, te leva para perto. Cinema é bom, mas o teatro é encantador por causa da verdade que ele trás, a emoção que te proporciona.
Em "Portátil" tudo isso é maximizado. O texto acontece na sua frente. É criado ali, no ato, baseado numa rápida entrevista feita com algum membro da plateia que aceita emprestar sua história para ser representada. É uma proposta muito interessante por ter uma interatividade única, coisa que só o teatro permite.
Gregório Duvivier, João Vicente de Castro, Luís Lobianco e Márcio Ballas, grandes atores e melhores ainda no improviso, dominam o palco e provocam gargalhadas na plateia. É risada em tempo integral.
O improviso do texto traz características ampliadas, o que acaba tornando-as únicas, como a ironia, o sarcasmo, mas não deixa de perder o senso, seguem a linha, mantêm o nível. Além disso, fazem piadas inteligentes algo que no improviso é muito difícil de acontecer.
Inteligência, uma palavra fundamental para o desenvolvimento da peça. Os quatro atores amarram a história muito bem, num roteiro pré-definido através das perguntas da entrevista. O desenrolar é sempre uma incógnita, porém, quando chega ao fim, fica a sensação de "quero mais".


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