terça-feira, 2 de junho de 2015

Mais que Dilmais

Gustavo Mendes tem uma habilidade incrível que é a capacidade de fazer as pessoas rirem, cada vez mais rara em tempos insanos com os que estamos vivendo. No último domingo, 31/05, ele mostrou que é muito mais que a presidente Dilma, sua personagem imensamente conhecida pelo grande público.
É, sem dúvidas, um dos grandes nomes do stand-up brasileiro, uma inteligência singular e uma velocidade de raciocínio bastante elevada para a composição de piadas e, principalmente, o improviso.
Depois de um show muito bom, o Gustavo topou nos conceder uma breve entrevista para falar um pouco de sua carreira e não fugiu de polêmicas.


BBC - Quais serão as possíveis necessidades do povo brasileiro em relação ao humor? Quando teve certeza que atuar seria o seu ganha pão?

GM - O povo tem a necessidade de rir. Tive certeza desde pequeno quando já queria ser artista.

BBC - O nome Gustavo Mendes é diretamente relacionado à comédia. Você encararia tranquilamente um papel diferente? Precisaria de muita preparação?

GM - Claro, sempre fui ator. O humor foi uma maneira de atingir meus objetivos.

BBC - Os brasileiros abraçaram o papel da presidente Dilma. Você teve medo de apostar nessa ideia no início?

GM - Não até porque não foi uma aposta, foi uma brincadeira que virou um grande sucesso.

BBC - Você tem ótimos bordões que estão na boca do povo, principalmente os relacionados à Dilma. De onde vem a inspiração para cria-los?

GM - Saiu naturalmente e nenhum foi pensado. Surgiu durante as gravações.

BBC - Como era aturar as brincadeiras do Danilo Gentili em relação ao "Agora é Tarde"?

GM - O Danilo Gentili não brinca, ele é sério. Se ele me conhecesse certamente teríamos muitas brincadeiras. Agora quanto a Rafinha Bastos, real apresentador do "Agora é Tarde" ... foi maravilhoso trabalhar com ele.

BBC - Você está com seu próprio canal no Youtube, acredita que é uma tendência dos humoristas realizarem essa migração?

GM - Acho que o canal de vídeo na internet te dá mais liberdade para falar o que quiser, já que na televisão temos que ter mais cuidado, pois entramos na casa dos outros sem pedir licença. Na internet as pessoas vão até você e querem ver o que você publicou.

BBC - Ser humorista é se doar para uma causa nobre. O fato da humanidade dar boas risadas, atualmente tem sido essencial. Como você encara o fato de colaborar com o bem estar das pessoas?

GM - De maneira natural. O humor é uma válvula de escape e aproveito o momento bem descontraído para também lançar uma mensagem que eu acredito; como a luta contra a homofobia, o preconceito racial e outras coisas.

BBC - Seu principal personagem é a presidente Dilma Roussef, mas ela já está em seu último mandato, já existem novidades borbulhando em sua mente?

GM - Muito em breve terão uma grande novidade.

BBC - Você acredita que há uma diferença notável entre o humor carioca, mais voltado para esquetes, e o paulista, mais ácido e politicamente incorreto?

GM - Ambos têm o objetivo de fazerem rir, cada um tem suas questões culturais envolvendo o humor.

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