Não é nenhuma novidade para nenhum torcedor de futebol do estado do Rio de Janeiro a briga envolvendo Fluminense, Flamengo e FFERJ, quanto aos preços a serem praticado nas bilheterias dos estádios cariocas durante o "Cariocão 2015".
A colocação de ingressos a preços populares para os jogos do campeonato é defendida com "unhas e dentes" pelo presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro(FFERJ), Rubem Lopes, e, principalmente, o presidente do Vasco, Eurico Miranda. E essa situação causa grande estranheza, pois se Rubem Lopes é presidente da federação hoje é graças ao apoio do Vasco, que recusou se unir a Flamengo e Fluminense a fim de evitar a eleição do atual presidente.
Esse não é o único ponto que coloca em cheque essa união Vasco/FFERJ. Eurico está "comandando" o futebol no estado. As entrevistas que ele tem concedido extrapolam os limites do cargo de presidente do Vasco. Essa dobradinha Rubem Lopes-Eurico Miranda pode fazer mal ao futebol carioca.
As medidas adotadas quanto ao valor dos ingressos representam o declínio dos programas de "sócio-torcedor" que são prioridade nas gestões de Fluminense e Flamengo. Além disso, essa prática dizima as receitas dos clubes e gera prejuízos para eles. A grosso modo, os clubes pagariam para jogar o campeonato, tendo prejuízos de até R$ 3 milhões, contribuindo para o aumento das dívidas dos clubes
O Flamengo fez um acordo pontual para a partida da próxima quarta-feira contra o Barra Mansa, então haverá jogo no Maracanã. E ficou bem claro que essa prática não leva público aos estádios. Em São Paulo foram registrados os dois maiores públicos da temporada, nas estreias de Palmeiras e Corinthians, e lá não há prática populista para ingressos.
E tudo que está ruim pode ficar pior. O regulamento do campeonato proibi que os clubes falem mal da competição. os militares devem ter curtido isso, é o AI-5 do futebol carioca. Há quem diga que os clubes precisam de autorização para jogar em seus domínios, se for no Maracanã principalmente.
Atitudes como essas da FFERJ confirmam o fracasso do futebol estadual em todo país. E que elas não se espalhem para o campo nacional e atinjam competições de maior repercussão, como o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil.
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