segunda-feira, 16 de junho de 2014

Um ano de protestos

   Em junho de 2013, protestos espalharam-se pelo Brasil e ganharam destaque nas mídias nacional e internacional. Foram, inicialmente, fomentadas pela elevação do preço da passagem de ônibus - considerada injustificável devido à péssima qualidade do transporte público. As manifestações foram programadas nas redes socias e contaram com ampla participação dos jovens.
   Após o estopim, as passeatas passaram a exigir melhorias necessárias e urgentes na prestação de serviços públicos, como, principalmente, educação e saúde. Nesse contexto, temas polêmicos como Cura Gay e PEC 37 foram acrescentados às reivindicações dos protestos e os esquentaram. Tais protestos caracterizam-se por participação popular massiva, intensa cobertura da mídia, apartidarismo e proposta de manifestações pacíficas.
   No entanto, alguns grupos desvirtuaram-se e promoveram atos violentos que comprometeram a segurança dos demais. Com isso, o vandalismo, lamentavelmente, tornou-se mais uma das características dos protestos. Além disso, alguma das reações dos policias também foram desagradáveis e receberam duras críticas, pois apresentaram abusos de poder, repressão violenta e prisões injustas.
   Após um ano, os objetivos das manifestações não foram plenamente alcançados. A resposta do governo não foi satisfatória e, então, muitos manifestantes ficaram desmotivados. Notou-se uma desaceleração dos protestos.
   A insatisfação com a negligência do governo e a prioridade que está sendo dada à Copa do mundo de futebol que acontece no Brasil surgem como combustíveis para a retomada de manifestações. Os protestantes alertam para uma inversão de valores: o capital que seria destinado aos setores públicos prioritários estão sendo deslocados para suprir os dispêndios do evento mundial.
   Com isso, os manifestantes aproveitam-se do contexto para novas manifestações, visto que protestos em um evento de tal porte exigiriam atitudes do governo e apelariam para a ajuda internacional. A postura daqueles que protestam desperta críticas e divide opiniões. Fato é que eles convertem o nacionalismo que seria oferecido à torcida pela seleção brasileira de futebol ao propósito de melhorar a pátria amada.

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